É preciso Coragem!

Tainah Bernardo
4 min readMay 3, 2021

Depois que contei por aqui um pouco sobre minha trajetória, recebi muitas mensagens no Linkedin e e-mails de pessoas que estão mudando ou querendo mudar também suas carreiras.

Fiquei MUITO feliz de saber que uma simples experiência compartilhada pode, de alguma forma, ajudar alguém por aí.

Dito isso, quero falar sobre coragem.

Uma das melhores definições de coragem que eu já ouvi foi a de Nelson Mandela:

“[…] a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas o que conquista esse medo.”

E por que falar disso? Virou coach, Tainah? =p

Não quero ser um livro de autoajuda e nem uma profissional de coach, mas compartilhar minhas experiências. E uma delas é sobre a importância de se manter corajoso diante de algo muito difícil.

Mudar de carreira não é fácil. É como pisar numa ponte invisível, como na cena do Indiana Jones e a Última Cruzada, um “salto de fé”. Não se sabe se a decisão vai dar certo ou não, se vai conseguir…são muitos “se” ou “será”.

E, veja, é natural! Sentir medo é natural!

Quando optei por entrar na programação como desenvolvedora, eu senti um medo terrível de não conseguir, mas tinha claro uma coisa: “Não vou parar! Uma hora eu consigo, nem que demore, mas eu consigo!”

Quando comecei a acreditar nisso foi como se, mesmo sem enxergar a ponte, eu desse um passo à frente.

Agora sim, como disse no meu primeiro texto, reservo esse espaço para contar como estão sendo os capítulos dessa decisão:

Minha primeira semana contratada como desenvolvedora Back-end:

Segunda-feira e lá vou eu para o meu primeiro onboarding da vida (e sim, tem muitos termos em inglês nessa área hehe)

Olhei para a reunião online, buscando em todas as câmeras outra mulher além de mim e…NADA. Só eu e sem entender uma palavra do que estavam falando (mesmo os que acabaram de chegar na empresa).

Estavam trocando ideia sobre sistemas operacionais, linguagens e mais um monte de siglas que fui anotando para pesquisar, já que nem parecia português o que eles diziam (risos de nervoso).

Para minha sorte, fui conhecendo um pouco mais o time em que estaria e qual seria a minha squad (que é tipo um time menor dentro do time) e fui muito bem acolhida, no pouco tempo que havia.

E essa foi a minha segunda surpresa: MUITAS reuniões. Comecei a olhar meu calendário do google e vi um milhão de reuniões que quase se sobrepunham. Já abri meu Notion e comecei a anotar como se não houvesse amanhã para entender o que eu precisaria estudar.

Eram tantos conceitos novos, glossário novo, apresentações em inglês, pessoas resolvendo bugs que eu fiquei com medo. Sabia que eu teria que começar a estudar tudo aquilo e teria que entender num curto espaço de tempo.

“Será que eu consigo?“ De novo essa frase apareceu na minha cabeça e logo uma outra disse: “Sim, você consegue. Pode demorar anos (ou não) mas você consegue! Tenha calma.

No meu primeiro fim de semana já abandonei meu sistema operacional Windows (saudades…) para começar a usar Linux Mint. Levei várias horas para entender como resolver um problema que tive na minha BIOS que não reconhecia meu pendrive. Fui pedir ajuda e finalmente consegui. Agora, depois de configurado e instalado, falta eu me acostumar (risos).

Eu ainda não comecei a codar (escrever códigos, para quem não sabe). Mas já estou sentindo o que me espera e vou fazer o meu melhor, independentemente do que isso resulte.

É isso por enquanto. Espero que tenham curtido saber um pouco mais sobre minha experiência como dev júnior.

Pelo tanto de mensagens que eu recebi sobre mudança de carreira, acho que vou escrever um pouco mais sobre o assunto. O que você acha? O que você quer saber? Pode me achar pelo linkedin Tainah Bernardo ou me mandar um e-mail: tainahboarini@gmail.com

Até o próximo “capítulo” !!

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Tainah Bernardo

Desenvolvedora Back-end formada em Artes Visuais querendo compartilhar experiências que vivo por aí.